Muitas pessoas não sabem que os homens têm tecido mamário remanescente e que podem desenvolver câncer de mama. A incidência da doença é rara e nem entra nas estimativas nacionais do Instituto Nacional de Câncer (INCA).
A cada 100 mulheres acometidas pelo câncer de mama, 1 homem é diagnosticado, ou seja, representa 1% dos casos.
Os homens tendem a retardar o diagnóstico por não se atentarem aos cuidados com a saúde das mamas da mesma forma que as mulheres.
Os principais fatores de risco para o aparecimento de câncer de mama no homem são:
– Idade/envelhecimento: O risco de desenvolver câncer de mama é diretamente proporcional à idade.
– História familiar de câncer de mama: Quanto maior o número de parentes de primeiro grau com câncer de mama maior é o risco. Aproximadamente 20% dos homens com câncer de mama têm um parente de primeiro grau também com câncer de mama.
– Mutação genética hereditária: Alterações genéticas estão presentes no câncer de mama masculino mais frequentemente que nas mulheres, variando de 4% a 40%. Estão envolvidos os genes BRCA2, BRCA1, CHEK2, PTEN dentre outros.
– Descendência Judaica Ashkenazi: Os homens judeus Ashkenazi apresentam uma maior probabilidade de desenvolver câncer de mama, com uma incidência de três casos para 100 mil homens desta etnia. Isso decorre também devido ao fato de apresentarem maior risco de mutação do BRCA1 e BRCA2.
– Exposição à radioterapia: Pacientes que sofreram irradiação torácica prévia, como a usada para o tratamento de linfoma, apresentam um risco maior de desenvolvimento de câncer de mama.
Sinais de alerta para o câncer de mama em homens são:
- nódulo endurecido, fixo, retroareolar;
- saída de secreção sanguinolenta, de forma instantânea, pelo mamilo;
- nódulo palpável na região da axila.
O tratamento é semelhante ao das mulheres. É importante avaliar a presença de mutações genéticas nos casos do câncer de mama masculino, para atuarmos precocemente na saúde do paciente e dos demais familiares.
Homens, estejam atentos ao seu corpo!
